CADEG Ação Social – Doação de Alimentos


A crise atual requer a ajuda de todos para que venham dias melhores. Não faltam, na região, instituições que saem em busca de soluções para os problemas, investindo no social e na sustentabilidade, além de apoiar projetos com esse intuito. O CADEG, em Benfica, é um exemplo. Lá, alimentos que não estão mais aptos para venda, como frutas e legumes, são doados a comunidades carentes do entorno.

A ideia é fazermos a nossa parte em prol de uma sociedade melhor. Começamos com um projeto de conscientização dos lojistas, em abril deste ano. Antes, uma banana que tinha um pedaço amassado, por exemplo, e que não poderia mais ser comercializada, mas ainda estava apta para consumo, era jogada fora. Hoje, ela é separada e levada para doação. Por enquanto, temos a adesão de 20% dos nossos lojistas. Queremos 100% — detalha Marcelo Penna, diretor-presidente do CADEG.

Diversas Associações Beneficiadas

Diariamente, representantes das sete associações cadastradas de Arará, Barreira do Vasco, Caju, Mandela, Mangueira, Missão Batista Cristolândia e Tuiuti recebem alimentos do CADEG. Idealizador do projeto e proprietário de restaurantes no centro de abastecimento há três décadas, Armed Nemr conta que o drama dos catadores de lixo do lado de fora do mercado o sensibilizou:

— Isso dá a dimensão do problema social que é a fome. Já vi até crianças e idosos procurando lixo. Por isso, em vez de jogarmos esses alimentos fora, decidimos chamar essas associações de moradores para perto, criamos um relacionamento com a comunidade, que antes era muito seco. Agora, é uma relação fraterna.

O CADEG também quer se tornar sustentável. Por isso investe em projetos como o da usina de energia elétrica com uso de gás natural, que deve começar a funcionar em março de 2018. E ainda há um estudo para a construção de uma miniusina de biogás a partir de lixo orgânico não reaproveitável.

— Geramos 300 toneladas de lixo orgânico por mês, não reaproveitáveis. Queremos transformar isso em energia elétrica para o próprio mercado — destaca Penna.

 

Mercadão da Madureira

Um dos principais centros comerciais da Zona Norte, o Mercadão de Madureira já investe em sustentabilidade desde 2009, com o projeto Água Ecológica, que capta água da chuva para reutilizá-la em mictórios e sanitários e para lavar as dependências locais.

— Desenvolvemos o sistema aqui mesmo. No início, nossa preocupação não era com a ecologia, mas com a economia de água. Afinal, aqui é um centro comercial — confessa Antonio Rodrigues do Tanque Filho, atual síndico do Mercadão.

— Agora somos ecologicamente corretos e, com a economia, ainda aumentamos o nosso lucro. A água passa por um processo de filtragem, através de 90 caixas de captação que temos, com capacidade para dois mil litros cada uma. Queremos aumentar para 120 caixas — completa Tanque Filho.

Fábrica Piraquê

Também na região de Madureira, mais especificamente em Turiaçu, a fábrica de alimentos Piraquê dá outro exemplo de preocupação com o próximo e as futuras gerações.

— Temos um programa de doações de massas e biscoitos em parceria com 150 instituições. São 20 toneladas de alimentos doados por semana. Começou como um projeto esporádico. Desde 2013, acontece de forma fixa — relata a coordenadora de assistência social da Piraquê, Andrea Cristina Gomes.

Uma das localidades contempladas é vizinha à fábrica, o morro do Faz Quem Quer. As doações chegam através do projeto cultural Cidadania e Ação, como explica a presidente da associação de moradores, Luciane Costa:

— Não escolhemos os destinatários das doações, pois entendemos que todos na comunidade merecem ajuda. Recebemos as caixas com os alimentos na quinta e fazemos um comunicado no Facebook, para que elas sejam recolhidas aos sábados.

A Piraquê ainda mantém a Creche Ovelhinhas, que conta com 84 crianças na faixa etária de 1 a 5 anos, filhos de moradores da região de Madureira e Turiaçu e de funcionários da fábrica.